quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fenômeno Obama

Na onda do novo presidente dos EUA, todos pensam em tirar vantagem e de quebra aparecer na mídia.
Tem de tudo, desde pessoas oferecendo cachorros de presente para as filhas do presidente até a apostas sobre o que ele vai fazer primeiro, apostas sobre a escolha da raça do cão - como se ele não tivesse condição de escolher seu próprio animal de estimação - ou se fecha a prisão em Guantanamo e levanta o embargo a Cuba, se acaba com a guerra do Iraque ou se cria uma nova política para imigrantes.
Como a grana anda curta com a recessão mundial e os contratos escassos, tem gente por aí inventado de tudo, só pensando em se dar bem. Ficam criando situações para atingir seus objetivos, nem sempre legítimos ou morais.
A onda de"aba do chapéu" já chegou no Brasil, haja vista os noticiários recentes sobre um casal que teve "problemas de discriminação racial" numa aeronave americana.
Sabendo-se que o brasileiro tem o famoso jeitinho é de se supor que há algo de podre no reino da Dinamarca.
Na estava lá pra dizer o que ocorreu de fato, mas creio que em qualquer lugar vale a educação e assim até em chinês a gente se vira.
Algumas pessoas acham que a rua é a continuação de sua casa e esquecem a educação.
Mesmo não falando a língua, que é o inglês, pois trata-se de vôo internacional, alguns brasileiros insistem em falar o português e acham que devem ser compreendidos, e quando isso não acontece, cria-se um mal estar, que bem pode ter sido o caso em questão.
Essa mania de celebridade no Brasil, que acham que devem ser tratados a pão de ló, já está passando dos limites e não é à toa que nós somos muito mal vistos no exterior.
Voltei agora de uma viagem de 25 dias pelo Oriente Médio e percebi como as pessoas se assustam com a nossa educação, bem diferente da que eles estão acostumados.
Diziam que encontraram brasileiros, que eram antipáticos e não conversavam com ninguém, sempre de nariz em pé. Na nossa viagem tivemos contatos com várias nacionalidades, argentinos, uruguaios, chilenos, equatorianos, espanhóis, mexicanos, colombianos, americanos e outros mais e não tivemos problema algum já que sempre procuramos nos adaptar ao interlocutor, ainda que tentando um "portunhol" incipiente.
Conosco no avião que saiu de São Paulo para Dubai estavam três atores globais que foram filmar na Índia e se portaram muito bem, sem estrelismos nem chiliques, e mesmo depois 15 horas de vôo, tiraram fotos e foram só sorrisos para os fãs.
Portanto alguém precisa examinar com muito cuidado a confusão armada pelo casal. Pode ser mais alguém querendo dar uma da lei de Gérson, já que leio que pretendem uma indenização milionária da companhia aérea.

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