quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Olho por olho

Tribunal condena iraniano a receber ácido nos olhos

Um tribunal de Teerã sentenciou um homem a receber 20 gotas de ácido nos olhos após ter sido considerado culpado de cegar uma jovem com um líquido corrosivo após ela ter se negado a se casar com ele.

O tribunal decidiu aplicar a lei do talião, contemplada no código penal iraniano, publica nesta quinta o jornal Hamshahri.

O crime aconteceu em 3 de novembro de 2004, quando o acusado, que conhecia a vítima da universidade e à qual tinha pedido em casamento, a atacou e lhe jogou ácido no rosto.

Após o incidente, a jovem, identificada como Amina, foi tratada durante dois anos na Espanha. No entanto, acabou perdendo a visão nos dois olhos.

Segundo o jornal, Amina denunciou à Polícia que sofria assédio do acusado dois dias antes dos episódios.

Durante o processo, afirmou: "peço apenas que o culpado tenha a mesma sorte que eu".

O culpado, cujo nome não é citado na publicação, reconheceu ter cometido o crime por amor e afirmou: "quando lhe pedi a mão me disse que ia casar com outra pessoa e eu pensei em jogar ácido em seu rosto para que seu namorado a deixasse".

Quando o juiz perguntou a Amina se desejava que a aplicação da lei do talião fosse realizada repetindo as circunstâncias do crime, ou seja, jogando no acusado líquido corrosivo no rosto, a vítima declarou que a condenação lhe parecia "selvagem" e pediu que aplicassem 20 gotas de ácido no jovem "para que entenda como está sofrendo".

COMENTO:

Bom seria que essa lei de talião fosse implantada aqui no Brasil. Garanto que muita coisa iria mudar no país que se diz "bonito por natureza", mas com um povo ruim por opção. Daria um alívio muito grande para o governo e para todos que pagam impostos, porque não teriam que sustentar vagabundos nas cadeias, vagabundos que não trabalham e nada produzem, vivem na ociosidade, comem e bebem de graça e não pagam por isso. Mas aqui no país tropical existe o famigerado "direito humano", só para os presos, diga-se de passagem, enquanto que as vítimas, se consolam com a frase quero justiça , como se isso fosse possível. No Brasil justiça, só na próxima geração, talvez.

Bebês morrem diariamente nas maternidades por falta de assistência, só há médicos de fim de semana, idosos morrem nas filas de atendimento, por falta de médicos , médicos dão diagnósticos errado que resultam em morte, amplamente comprovado com laudos e testemunhas, só falta o defunto falar, e o que acontece? NADA.

Juízes que tem a magistratura como seu primeiro e único emprego na vida, muito confortavelmente instalados em seus gabinetes, muitas vezes jovens inexperientes de vida, apenas decoram os X mandamentos, absolvem os culpados e fica o dito por não dito, ou julgam habeas corpus na calada da noite. Isto é o Brasil, país de um futuro que nunca virá. Ilegal, e daí? Paraíso da desordem.

O mínimo que poderia se fazer, era dar trabalho pra essa gente pagar o seu sustento, já que a única preocupação deles é fugir e/ou organizar facções dentro dos presídios e de lá comandar o crime organizado aqui fora com a conivência de policiais corruptos. Fica a pergunta: a quem interessa essa situação? Entra governo sai governo e ninguém propõe mudanças nas leis, que são caducas e obsoletas.



terça-feira, 25 de novembro de 2008

O poder da intenção

É hora de resgatar o seu poder e reconhecer que você cria tudo o que existe e o que não existe na sua vida. Observe que você produz o seu sucesso, a sua riqueza e todas as possibilidades que estão no seu caminho.
Uma das leis universais diz: "aquilo que você focaliza se expande"! A questão é simples. O campo focal determina o que você encontrará na vida.
Concentre-se nas oportunidades e verá oportunidades. Concentre-se nos obstáculos e terá obstáculos. Nunca em minha vida enxerguei obstáculos. Quando por ventura eles surgiam eu não tinha tempo de reparar, tal era a imensa responsabilidade que me perseguia.
O mundo não pára quando você tem problemas.
Os problemas têm que ser tratados à medida que forem aparecendo, no momento presente. Mas mantenha os olhos postos nas suas metas, permaneça em movimento rumo aos seus objetivos. Dedique seu tempo e sua energia a conquistar aquilo que quer.
Quando surgirem dificuldades, supere-as e em seguida recupere rapidamente o seu foco. Não permaneça a vida inteira resolvendo complicações. Isso não leva a nada.
Empregue o seu tempo e a sua energia em pensamentos e atos, seguindo firmemente adiante, na direção do seu propósito.
A minha experiência diz que a realização exige foco, coragem, conhecimento, determinação, 100% de dedicação, atitude de não desistir jamais, consciência de merecimento e, é claro, intenção.
O significado de tudo isso é que, se voce não tiver verdadeira e plenamente determinação em algo, o mais provável é que não obtenha o que pretende.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A arte de ser difícil

Como é fácil ser difícil.
Basta ficar longe dos outros e, desta maneira, não vamos sofrer nunca.
Não vamos correr riscos do amor não correspondido, das decepções, das frustrações, das indiferenças de algumas pessoas, da falta de solidariedade, das falsos amigos, dos egoístas, dos invejosos, daqueles que só nos procuram para fazer intrigas ou contar vantagens.
Apesar de todos esses sonhos frustrados, precisamos dessas experiências de vida, que nos fazem ficar melhor a cada dia. Faz parte do nosso crescimento como pessoas.
Às vezes precisamos levar um bom tombo, ou perder algo que estava do nosso lado, mas a que não dávamos o devido valor, para sabermos o quanto doí.
Nada se constrói sem dificuldades, não nascemos prontos, crescer é muito dolorido.
Afastar-se das pessoas que nos ajudaram nos momentos difíceis é pura covardia.
Não precisamos nos preocupar com telefonemas que precisavam ser dados, com pessoas que pediam nossa ajuda, com caridade que era necessário fazer.
Como é fácil ser difícil. Basta fingir que estamos numa torre de marfim e que jamais derramamos uma lágrima. Isso é falso.
Basta passar o resto de nossa existência representando um papel. Como é fácil ser difícil.
Basta abrir mão do que existe de melhor na vida.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tem muita gente sem noção

Lendo hoje a coluna do Ancelmo no jornal O Globo, deparei-me com a foto de um carro parado em cima de uma calçada obstruindo a passagem de pedestres.
O que me chamou a atenção, não foi a foto em si pois já é corriqueira a desobediência da lei, mas pelo texto "cariocamente parado". Eu diria " brasileiramente parado".
Mais um exemplo de desordem urbana que acontece neste país, onde ninguém respeita o direito do outro mas quer ter o seu direito respeitado.
Mas para gente sem noção é assim que funciona. O que importa é o meu prazer aqui e agora.
Lidamos diariamente com gente que põe o próprio prazer acima de qualquer regra de convivência em sociedade.
É o mito da irrevêrencia brasileira levada ao paroxismo da inconsequência.
É gente que "costura" no trânsito, estaciona em fila dupla, fala alto no restaurante, grita com garçon, joga latas e cigarros pela janela. Pequenos e grandes atos de ego-descontrolado do cotidiano que estão na base da pirâmide da violência. O que nos salva disso tudo é chegar em casa, fechar a porta e ter um mundo protegido da barbárie urbana.
Relembrando passagem de um livro do antropólogo Roberto DaMatta, conclui-se que a questão do Brasil é que as pessoas agem na rua como se estivessem em casa e agem na casa alheia como se estivessem na rua. Isto é na própria casa.
E convidar amigos significa trazê-los para essa proteção. Mas eis que surgem pessoas que levam para dentro da casa dos outros esse mesmo espírito de inconsequência, do próprio prazer que é o único que é relevante, sem se importar se isso vai constranger ou ofender o anfitrião.
É o maximo da falta de noção, levar o estacionamento em cima da calçada para dentro de uma casa para a qual foi convidado.
Quando a falta de senso de noção chega ao ponto do desrespeito a quem o acolhe, termina em tragédia. Acho mesmo que já terminou.
O que vemos é uma classe média de égolatras inconsequentes, e o resultado está aí. Basta olhar para ver.Pessoas que não tem a menor consciência dos danos que causam aos outros.
Como diz o velho ditado" costume de casa vai a praça". E isso infelizmente o brasileiro também vem fazendo no exterior denegrindo ainda mais a nossa já denegrida nacionalidade.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Fenômeno Obama

Na onda do novo presidente dos EUA, todos pensam em tirar vantagem e de quebra aparecer na mídia.
Tem de tudo, desde pessoas oferecendo cachorros de presente para as filhas do presidente até a apostas sobre o que ele vai fazer primeiro, apostas sobre a escolha da raça do cão - como se ele não tivesse condição de escolher seu próprio animal de estimação - ou se fecha a prisão em Guantanamo e levanta o embargo a Cuba, se acaba com a guerra do Iraque ou se cria uma nova política para imigrantes.
Como a grana anda curta com a recessão mundial e os contratos escassos, tem gente por aí inventado de tudo, só pensando em se dar bem. Ficam criando situações para atingir seus objetivos, nem sempre legítimos ou morais.
A onda de"aba do chapéu" já chegou no Brasil, haja vista os noticiários recentes sobre um casal que teve "problemas de discriminação racial" numa aeronave americana.
Sabendo-se que o brasileiro tem o famoso jeitinho é de se supor que há algo de podre no reino da Dinamarca.
Na estava lá pra dizer o que ocorreu de fato, mas creio que em qualquer lugar vale a educação e assim até em chinês a gente se vira.
Algumas pessoas acham que a rua é a continuação de sua casa e esquecem a educação.
Mesmo não falando a língua, que é o inglês, pois trata-se de vôo internacional, alguns brasileiros insistem em falar o português e acham que devem ser compreendidos, e quando isso não acontece, cria-se um mal estar, que bem pode ter sido o caso em questão.
Essa mania de celebridade no Brasil, que acham que devem ser tratados a pão de ló, já está passando dos limites e não é à toa que nós somos muito mal vistos no exterior.
Voltei agora de uma viagem de 25 dias pelo Oriente Médio e percebi como as pessoas se assustam com a nossa educação, bem diferente da que eles estão acostumados.
Diziam que encontraram brasileiros, que eram antipáticos e não conversavam com ninguém, sempre de nariz em pé. Na nossa viagem tivemos contatos com várias nacionalidades, argentinos, uruguaios, chilenos, equatorianos, espanhóis, mexicanos, colombianos, americanos e outros mais e não tivemos problema algum já que sempre procuramos nos adaptar ao interlocutor, ainda que tentando um "portunhol" incipiente.
Conosco no avião que saiu de São Paulo para Dubai estavam três atores globais que foram filmar na Índia e se portaram muito bem, sem estrelismos nem chiliques, e mesmo depois 15 horas de vôo, tiraram fotos e foram só sorrisos para os fãs.
Portanto alguém precisa examinar com muito cuidado a confusão armada pelo casal. Pode ser mais alguém querendo dar uma da lei de Gérson, já que leio que pretendem uma indenização milionária da companhia aérea.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Mãe da minha mãe

Hoje com o avanço da medicina, que ficou mais acessível a qualquer pessoa, as pessoas estão vivendo mais, talvez pela qualidade de vida em si.
É bom por um lado, mas por outro, causa uma certa preocupação aos filhos, pois sabem que os problemas que acompanham a velhice são difíceis de conviver.
O idoso vai ficando cada vez mais dependente e os filhos precisam encaixar os pais novamente em seu círculo familiar. Se não você se vê obrigada a abrir mão da sua própria vida para cuidar dos pais.
Pelo menos é o que eles vivem dizendo." Dei minha vida por você!"Fica no ar uma mistura de dívida, culpa e amor.
Mas, acredite ou não, o envelhecimento não precisa ser tão sofrido nem tão doloroso.
Li há bem pouco tempo um livro, não sei se ficção ou realidade, onde uma filha odiava os pais pela dependência que isso lhe causava.
Não é facil ser pai dos nossos pais. Se voce arrumou uma briga para ficar longe deles, mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer.
Eles vão ficar velhos e vão precisar de sua ajuda. Se depender da aposentadoria, seus pais vão passar necessidades e mesmo com aposentadoria suficiente, nada garante que seus pais não precisem de você.
Quando chegar a hora de inverter os papéis, se prepare.
É duro abrir mão da condição de filho e passar a dar limites a quem lhe ensinou a ter limites.
Ser pai dos nossos filhos já dá um trabalho danado. Ser pai dos nossos pais é uma tarefa ingrata que realizamos de maneira sempre amadora e para a qual nós não estamos preparados.
Pois só por amor topamos essa longa caminhada. E bota amor nisso. E bota longa nisso.
Quando os pais perdem a autoridade, eles se sentem humilhados e inferiores diante dos filhos.
Eles que sempre ditaram normas para todos, hoje já não sabem decidir a roupa que vão colocar. Os filhos, por sua vez, detestam o novo cargo se assustam com tudo e passam a sentir saudades do tempo em que eram eles que levavam broncas dos pais.
Ao mesmo tempo em que vemos nossos pais envelhecerem e precisarem cada vez mais de nós, pensamos nos filhos que geramos e como será a vez deles.
A história muitas vezes se repete de maneira neurótica, mas não é isso que queremos.
Não é o que eu quero.
Não acho que consiga suprir o que meus pais precisam. Não tenho o tempo e espaço para tanta solicitação. Me sinto culpada por mais que me esforce. E olha que me esforço.
Hoje tenho que dizer para minha mãe que os seus verdadeiros pais morreram, e se ela não aprendeu a viver sem isso, não vai aprender mais.
O que não me impede de amá-la e fazer tudo o que estiver ao meu alcance.
Mas ser mãe eu só posso ser das minhas filhas. Esse ainda é o meu papel. O resto é improviso.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Viagem a Dubai

Acho que devo escrever alguma coisa sobre a viagem, mas estou sem inspiração, sem noção.
Acho que tenho que falar pra me acalmar, mas não sai, então vou escrever sobre Dubai.
Dubai destino do futuro tão presente, Dubai sonho dourado de muitos, de alguns decepção, necessidade de outros sem opção.
Dubai terra do sheikh que no seu doce deleite fez do sonho uma realidade.
É bonito, não vou negar, mas não convenceu. É um frenesi ir aDubai, que ainda não tem maioridade.
É excelente para engenheiros, arquitetos e gente com muito dinheiro, que com os sheiks negócios vão firmar. Empresas do mundo inteiro já estão fincando suas raízes por lá.
Terra do petróleo, da pujança, do ouro fácil, onde tudo se transforma da noite pro dia.
Lugar assim não sei por quanto tempo vai dar certo. É moda no mundo ir para Dubai , haja vista a quantidade de turistas que por lá circulam, todos buscando algo, não se sabe bem o que.
Até pouco tempo ninguém ouvia falar desse lugar. Dubai está hoje para o turista o que Cancun era há um tempo atrás .
Achei meio decepcionante pois ninguém viaja 15 horas de avião para ver prédios, a não ser profissionais do ramo;ouro não podemos usar; carrões de luxo são fartamente vistos pelas ruas impecavelmente pavimentadas.
Lugar onde tudo é maior do mundo, maior shopping, maior aeroporto, maior prédio, maior parque aquático, maior mercado de ouro, tudo superlativo. Vamos ver até onde vai a reserva de petróleo deles. Me pareceu uma cidade de faz de conta.
O famoso hotel 7 estrelas não é de fácil acesso, tudo fica muito distante do turista comum. Enfim, bastava ver Dubai através dos pps que recebemos para dar por visitada.
Lá só 20% da população é de dubaienses (não tenho certeza de é assim que se diz), o restante é tudo imigrante em busca de emprego e da realização de seu projeto de vida.
Ou seja, ganhar dinheiro e depois voltar para sua terra com as reservas guardadas.
Não sei quantos deles vão conseguir realizá-lo. Não se pode sustentar uma cidade calcada em pessoas que estão de passagem com prazo determinado, sempre com as malas prontas para ir embora, caso seja necessário.
Pobre países onde seus filhos os abandonaram para tentar a sorte em terras desconhecidas, por falta de esperança no futuro que virá.


Amizade que se vai
Hoje estou muito triste, vejo etapas da vida de duas amigas se encerrarem.
Chegando de viagem, pego o telefone, como sempre faço, e ligo para os amigos para saber as novidades locais e contar sobre as novas descobertas que fiz em terras nunca antes pisadas por mim.
Qual não foi minha decepção e tristeza quando falei com duas amigas, uma de longa data que participou ativamente das minhas viradas de vida e outra de não tão longo tempo, mas muito presente nos últimos acontecimentos que removeram meu interior e me fizeram renascer das cinzas com uma Fênix.
As duas por incrivel que possa parecer, estão com câncer.
A primeira já trava há três longos anos a batalha;o mal estava controlado pela quimio; mas agora veio o veredito:não pode mais operar.
A outra me disse assim, na cara, e olhe que eu já havia falado com ela antes, mas devido minha euforia relatando a viagem, ela preferiu não tirar o meu entusiasmo.
Ontem, no meio de uma conversa banal, ela falou que não viria ao Rio no final de ano pra gente tomar um chope, porque soube que seu exame deu positivo e que ia reformular seus projetos daqui pra frente , pois não queria perder a sua qualidade de vida.
Sou ansiosa, compulsiva, faço tudo muito.
As coisas pequenas me abatem, e as coisas grandes me abatem como um todo, o tempo todo. Sou visceral. Tem gente que é mesmo mais atingida do que outros pelos infortúnios e misérias da vida.
Acho que o que nos aflige são os outros.
Comecei a pensar na capacidade monstruosa que temos de inventar rituais para essa travessia tâo dura que é a vida.
Todos nós sabemos que a morte vem cedo ou tarde. Mas morte anunciada, com data pra chegar é ruim de sentir.
Estou enraivecida e comovida em ver como as pessoas conseguem dar sentido ao que não tem sentido: ter fé onde tudo falhou.
Tive um momento de reflexão:uma delas é casada com duas filhas querendo voltar no tempo e não ter constituido família, e a outra solterissíma e arrependida por não ter formado um lar com marido e filhos.
Duas vidas tão opostas e contraditórias.
"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso" (Mário Quintana).