sábado, 20 de dezembro de 2008

Médicos com sorte, mas sem ética.

Alunos que teriam invadido hospital se formam

Os 14 formandos de medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná, que tiveram a formatura suspensa pela instituição, se formaram em uma rápida cerimônia nessa sexta-feira. Eles foram acusados de invadir o Pronto Socorro e o Hospital Universitário para comemorar o fim do curso.

» Juiz manda diplomar alunos

Ontem, o juiz da 5ª Vara Cível de Londrina (PR), Mario Nini Azzolini, determinou que a universidade realizasse a colação de grau dos estudantes.

A solenidade foi acompanhada pela imprensa, mas os formandos acabaram sendo "ocultados" por familiares e ex-colegas. Alguns dos outros 82 alunos que colaram grau na semana passada compareceram ao ato para tentar "esconder" os que tinham sido punidos.

Durante o juramento todos se levantaram. No final da entrega de diplomas, formandos e familiares clamaram por justiça.

COMENTO:

Lamentável! É só o que me resta dizer diante de tal notícia.E eu que pensei que pela primeira vez fosse se fazer justiça, impedindo que esses novatos arruaceiros se formassem. Aventou-se a hipótese de que os futuros "médicos" embriagados e que ofenderam a dignidade de pacientes internados, não colassem grau. Mesmo depois de imagens feitas pelo circuito interno de segurança e do depoimento de 20 pessoas, entre médicos, funcionários e pacientes do hospital, foram considerados aptos para receber diploma, clinicar e um abraço. Parabéns para os participantes desse espetáculo circense....

Penso que no mínimo deveria ter havido uma punição para os envolvidos no tumulto dentro do hospital, punição essa que deveria ser até de expulsão dos quadros da universidade. para que a próxima turma de formandos pensasse um pouco na ética e não apenas no status, antes de escolher uma área que lida exclusivamente com ser humano.Pobre de nós brasileiros que temos de enfrentar maus profissionais recém saídos dos bancos universitários e que já sabemos o que nos espera nos consultórios e hospitais públicos. Médicos sem o mínimo de ética, valores e moral.

O mais incrível foi os familiares e colegas de turma esconderem os jovens da imprensa e clamarem por justiça. Justiça? E quem lembrou dos pacientes que foram vilipendiados nos seus leitos, enquanto os "meninos" se divertiam? Tomara que um dia algum desses pais sejam atendidos em uma emergência por um dos médicos que participaram da comemoração, e que sejam tratados com a mesma insensibilidade que eles dispensaram aos pacientes do Pronto Socorro Universitário de Londrina.

Infelizmente os pais de hoje não aprenderam ainda a dizer não para os seus filhos. Talvez porque não tenham nem tempo de ver seus filhos, missão transferida para as babás, tamanha a carga de compromissos sociais que precisam cumprir para fazer parte dessa sociedade de consumo em que vivemos. E, para ser livrarem da culpa, presenteiam seus rebentos e jamais dizem não. Certamente os pais dirão "ah! foi apenas uma brincadeirinha de adolescente".

Já vi esse filme antes. Quando na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, filhos de uma classe alta espancaram uma doméstica e o pai de um deles disse que " ela era só uma empregada".

Isso nada mais é do que o reflexo do educação ministrada pelos pais modernos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Balanço de vida.

Fim de ano chegando, tumulto nas ruas, lojas cheias e uma reflexão na cabeça.
Que fizemos de bom neste ano? Será que demos o melhor de nós ? Será que respeitamos o nosso próximo e a nós mesmos? O que esperar do ano novo que vem chegando?
Parece mesmo que vai mudar alguma coisa? Mais que uma mudança de calendário, é certo que todos nós temos expectativas de algo novo no ano que se aproxima. Esse simples salto de um ano para outro cria uma ansiedade natural em todo mundo. Esperanças renascem e sonhos parecem próximo de virar realidade. Paz, amor, saúde e dinheiro. É o que sempre se espera.
Fazer o bem ou não? No passado que todos crêem conhecer de si mesmos, estou segura de que, se cada um pintasse sua própria imagem com o seu passado, lhe poria uma auréola bem visível atrás da cabeça.
Mas o certo é que, assim como se levam em conta as coisas boas que se fez, também há quem faça um balanço de todo o mal que praticou, e tudo isso são dívidas que, inexoravelmente, mais tempo, menos tempo, terão que ser pagas.
Tudo o que acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim da nossa história, salvo fatalidades do destino.
Portanto fazer a nossa parte é o mínimo que se espera.
Assim quando ocorre um contratempo, quando tem lugar o que cada um considera um mal ou uma desgraça, isso é atribuído à fatalidade, à má sorte, ao destino; enfim a muitas coisas, sem que jamais surja na mente humana o pensamento que aponte a própria culpabilidade ou o próprio causador desse mal, que é a prória pessoa.
Pois bem, é apenas humano que se tenha feito o mal, mas isto não deve ser motivo de pesar algum, quando no presente se tem a oportunidade de possuir de um modo certo o conhecimento que permite saber como reparar os erros cometidos no passado e não voltar a cometer novos no futuro.
Não importa se teremos tempo suficiente para vermos mudanças nas coisas pelas quais lutamos, mas sim que façamos a nossa parte, de modo que tudo se transforme a seu tempo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mães à moda antiga

Cada ser humano recebe durante a infância, no convívio com os pais, e em especial com a mãe, influências que podem direcionar sua vida. Com as diretrizes educativas que recebeu pode ter,já adulto, resultados excelentes como ser humano, ou resultados medíocres! Por isso, são decisivas para a vida da criança e do adolescente as orientações que recebeu no lar.
Quando se constata na atualidade o aumento de problemas envolvendo crianças e jovens, juventude que faz parte da "geração pode tudo", sem consciência de limites necessários à boa convivência com os outros, chega-se a conclusão, de que está havendo falhas na educação dos filhos, pelos pais e, em especial, pela mãe, que na maioria das famílias, convive mais com os filhos do que o pai. E fica-se com a dúvida: será que as crianças e jovens estão recebendo orientação adequada para que possam desenvolver-se com as características saudáveis, como seres humanos?
Como será a educação que a mãe, em especial, está dando aos seus filhos? Indulgente demais, sem qualquer orientação ou uma educação firme, mas com grande coração, sabendo o que está fazendo com os filhos? Estará educando os filhos de tal modo que faça desabrochar neles alguma das características positivas como ser humano, tais como: autenticidade, bondade, caridade, cavalheirismo, confiança, cooperação, cordialidade, disciplina, equilíbrio, firmeza, fortaleza moral, honestidade, humildade, lealdade, paciência, responsabilidade, sinceridade, etc?
Do que for feito hoje na educação das crianças e dos jovens, poderá depender o futuro da sociedade humana, se será ou não formada por pessoas saudáveis, mais preparadas para serem cidadãos conscientes e equilibrados!
Quando se vê nos noticiários fatos como o que aconteceram na cidade de São Paulo, onde calouros espancaram, mutilaram, humilharam, maltrataram alunos novos, percebe-se que a sociedade que está sendo formada por esses futuros profissonais está muito doente. Essa doença também é da família, que está desestruturada por valores que não foram experimentados em seus lares, onde os pais não amaram seus filhos o suficiente para dizer-lhes NÃO.
Uma mãe de verdade sabe o momento que é o mais dificil na batalha da educação de seus filhos, aquele momento da negativa consciente, mesmo sabendo que seus filhos possam odiá-la por isso.
Essa mãe amou os filhos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e que horas irão voltar? Ela amou-os o suficiente para fazer pagar pelas balas que tiraram da padaria e dizer ao dono "Nós roubamos isso ontem e queríamos pagar?" Ela amou-os o suficiente para ter ficado em pé junto deles por duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que ela teria realizado em quinze minutos? Ela os amou o suficiente para deixá-los assumirem a responsabilidade de suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que lhe partiam o coração?
As mães de antigamente insistiam para que os filhos falassem sempre a verdade. Faltam nos dias de hoje adultos educados e honestos com capacidade para serem pais de verdade.
Nos dias de hoje estamos com carência de mães à moda antiga.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Prefeito imperfeito

Lendo o jornal hoje vi com revolta e indignação que a Cidade da Música será inaugurada com previsão triplicada do valor inicial. O alcaide remanejou R$210,4 milhões do orçamento somente nos nove primeiros dias do mês para destinar a projetos considerados prioritários por seu governo.Como se não houvesse outras prioridades no Rio...
O Rio de Janeiro está uma maravilha, hospitais públicos funcionando, médicos nos plantões, não há dengue, as ruas estão consertadas, não há desordem urbana e nem mendigos nas ruas. A matéria diz ainda que este é o valor mais alto do que o dos remanejamentos feitos nos últimos quatro anos. Esse prefeito é realmente pimpão.No apagar das luzes de seu governo, o Diário Oficial vem publicando uma série de gastos curiosos, pra não dizer estapafúrdios. Ontem a Secretaria de Educação liberou R$ 46, 2 mil à Axion Produtores Associados, diga-se de passagem sem nenhuma licitação, para que os professores assistam ao espetáculo musical A noviça rebelde. Também a Fundação Rio-Zôo autorizou o pagamento de R$ 78.980,00 a uma empresa para fazer brindes de fim de ano. Ora, de onde apareceu tanta verba no fim de governo, se meses atrás o alcaide indicava que não havia disponibilidade de recursos do município? Como se não bastasse, a prefeitura pôs em prática ontem o velho ditado "faça o que eu digo,mas não faça o que eu faço" ao lançar a a campanha da divulgação de inauguração da Cidade da Música na Barra da Tijuca. Apesar da Lei Orgânica do município proibir, dezenas de faixas e galhardetes alusivos à inauguração do complexo da música, podiam ser vistas no canteiro central e na entrada de túneis, ruas e avenidas. Embora descumpra a Lei Orgânica a prefeitura costuma ser rigorosa ao fiscalizar a propaganda alheia.Esse mesmo prefeito encaminhou lei à Câmara proibindo outdoors no Centro Histórico doRio.
Infelizmente o Rio passou por três gestões do atrapalhado prefeito, sua administração foi marcada pela desordem urbana , dando início à serie "Ilegal e daí?". Ele tenta justificar os gastos alegando que teve que transferir recursos para assumir responsabilidades acima da capacidade da prefeitura para o preparo da cidade para o Pan.
Ora prefeito, ninguém que eu saiba, aqui no Rio, foi consultado para saber se queria ver a cidade abandonada , cheia de mendigos, sem conservação e ter o privilégio de ter o Pan. Quem paga realmente impostos, prefeito, não gostou nem um pouco de ver o seu dinheiro sendo jogado no ralo, ou melhor, na conta de alguns, por um evento que foi um fiasco, que só trouxe transtorno para todos, e que só foi proveitoso para os administradores que fizeram uma maquiagem na cidade e embolsaram toda a grana destinada ao evento. Muita gente do seu governo realizou o sonho da primeira mansão própria. A prefeitura alega não ter verba para atender aos hospitais, mas já está organizando uma mega festa para a inauguração da Cidade da Música. Quero ver quais os artistas contratados com gordos cachês, que irão lá fazer show, prestigiar esse roubo nos bolsos sofridos dos contribuintes? Quantos artistas serão cúmplices dessa vergonha, ao receber o dinheiro público de todos para fazer bonito para poucos? Quem tem respeito pelo povo não será cumplice dessa roubalheira. Quero ver quem vai dar a cara a tapa...
Com certeza, os mesmo de sempre,aqueles que falam do governo, mas que na hora H o dinheiro fala mais alto. Nessas horas não há ética, dignidade nem moral, há somente money $$$$$$$$.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Só mata quem ama.

A violência nas relaçõs amorosas ocorre em todas as classes sociais.frequentemente depois de uma separação. Todos podem ser violentos, claro, mas em cerca de 98% dos casos a agressão parte dos homens. Muitas vezes as vítimas não percebem que correm perigo, mas tudo o que acontece em geral já vinha sendo anunciado por meio de ameaças e de comportamentos agressivos.
A tragédia que envolveu a jovem Eloá em Santo André,São Paulo, há pouco mais de um mês, trouxe à tona mais uma vez a violência nas relações amorosas. Naquele caso Eloá deu fim à união e seu namorado, ao que parece um psicopata, reagiu torturando e matando.
Os psicopatas não sentem culpa nem remorsos. São frios e planejam seus crimes. Sempre acham que agiram certo e que a vítima merecia o seu destino.
Mas não são só os crimes ou agressões físicas que caracterizam a violência nas relações. A violência verbal e psicológica também destroem a auto-estima, a segurança e o equilíbrio psíquico do parceiro.
Um crime em geral já vinha se anunciando por ameaças e agressividade. O agressor culpa o outro por precisar agir assim, mas a vítima parece que não acredita que corre perito, porque o agressor muda a toda hora e a trata bem na frente dos outros. Pedidos de desculpas, lágrimas e arrependimento fazem parte do jogo.
A violência é um processo que começa com a submissão da vítima. Já no namoro parceiros vivem uma fase de paixão e de sedução. Logo depois, porém, o homem violento começa a fazer exigências descabidas que vão minando a confiança da mulher. Diz frases como "você é burra", "você tem que deixar o emprego" ou "você não deve estudar". A mulher muitas vezes acaba ficando na dúvida.Passa a acreditar que é inferior e se submete aos desejos do parceiro. Às vezes de tanto ouvi-lo dizer que os amigos a invejam, se afasta deles.
Depois o homem a proíbe de ver a família, de se vestir como quer, de sair de casa mesmo. Vai desqualificando e dominando a mulher ao ponto dela não ser mais capaz de reagir.
Não se trata de masoquismo ou de querer sofrer, é uma espécie de condicionamento, de incapacidade de reação. O homem não aguenta frustrações, é egoísta e sempre culpa os outros por seus problemas. Muitas vezes usa drogas e ameaça a parceira dizendo que vai abandonar a casa ou os filhos ou vai se matar.
Esse tipo de violência paraliza a companheira que não consegue superar a manipulação, porque além da tensão de viver com a ameaça, se julga culpada pela infelicidade do parceiro.
Mas como deve agir quem convive com um companheiro violento? O começo de tudo é admitir que a violência existe. Infelizmente a maioria das mulheres não percebe a violência psicológica, só a física. Devemos mostrar para a mulher que esses comportamentos não são normais. Também é importante esclarecer que ela não é culpada pelo que ocorre. Ele diz que ela é culpada mas isso não pode ser aceito, não pode ser introjetado.
A mulher precisa deixar claro que as agressões são inaceitáveis e colocar limites logo nas primeiras manifestações de ciúmes. Quem ama não aceita tudo, ao contrário, ajudar o outro a mudar e estabelecer limites também são provas de amor.
Diz-se que "quem ama não mata", mas quem ama mata sim, como vimos em Santo André e em inúmeros outros casos.
Um ex-namorado rejeitado para não perder o objeto de seu amor doentio preferiu matar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ordem e Progresso

O Brasil está tão bagunçado e desorganizado que o povo tem receio de exercer os seus direitos , não sabendo ao certo o que pode ou não ser feito, o que contribui para aumentar ainda mais a desordem urbana que se instalou definitivamente no país.
Falta tudo para que o Brasil seja realmente uma nação de fato e de direito, falta educação, respeito pelos idosos, ética na política, respeito pelos aposentados, planejamento social, credibilidade no judiciário, no legislativo, no executivo, na polícia e em todos os orgãos públicos, enfim parece a casa da mãe Joana...Onde todos mandam e ninguém obedece .
O que Ordem e Progresso tem a ver com isso? Não há o menor simbolismo e nem patriotismo nessa frase. Essas duas palavras que estão em nossa bandeira deveriam ser retiradas. Por que? Porque não existe Ordem no Brasil e o Progresso é curto. Desde o seu descobrimento diz-se que o Brasil é o país do futuro, futuro que não há, progresso que não existe, a não ser para os bolsos dos espertos que sempre estão no poder, usufruindo dele em causa própria.
Não há progresso na educação pois somos o país com o maior número de analfabetos. em proporção ao seu tamanho.
Não há democracia, o voto é obrigatório e na últimas eleições para prefeito do Rio de Janeiro manipulou-se um feriado, com o famigerado jeitinho brasileiro, para que muitos que já haviam praticamente declarado o seu voto para a oposição, a classe média alta, fosse aproveitar o fim de semana prolongado, e assim não votaram no único candidato que teria condição de fazer mudanças nesse cenário macabro que é o Rio de Janeiro. Mas isso não interessava ao governador que também reza na mesma cartilha do presidente.
Mas se existisse espírito cívico de verdade, consciência política, cidadania, eleitores não deixariam de votar. Em troca de um feriadinho, vamos amargar mais quatro anos de desordem e violência. Pode um governo cobrar da população leis que ele mesmo desobedece?
O próprio Estado torna difícil para a população seguir as leis, quando deixam as vias de trânsito sem sinalização, sem asfalto, quando veículos oficiais estacionam em cima das calçadas impedindo a pasagem de pedestres, quando não fazem rampas para deficientes, quando não tem hospitais da rede pública, quando não tem transporte de massa, quando os fiscais e policiais recebem propinas para não lavrar multas, quando permite a suprema inversão de valores, onde bandidos mandam mais que a polícia
Poderia relatar uma infinidades de falhas do Estado que não cumpre as leis, mas exige que o cidadão de bem o faça.
País que não tem ética, país onde ser honesto é ser idiota. Todo progresso que o Brasil conseguiu foi ser visto no exterior como a república das bananas.
Tirem do nosso lindo pendão da esperança as palavras Ordem e Progresso. Será menos vergonhoso para todos nós pois a bandeira do Brasil já deixou há tempos de ser o símbolo augusto da paz.


Lula e a tragédia

Ontem, em mais de um dos seus tontos pronunciamentos, em meio aos seus arroubos, Lula mostrou total desconhecimento de tudo o que acontece em seu país.
Quando ele abre a boca para falar é um desastre para qualquer cidadão mais ou menos alfabetizado, porém ele fala para um povo que é avesso à leitura e que, portanto, acha o máximo seu palavreado, sempre aos berros( abro um parentese para dizer ao presidente que gritar nos discursos não dá credibilidade à sua fala), mostrando-se indignado com fatos mais do que corriqueiros.
O discurso do Lula foi um escárnio: ele propos organizar um grupo de estudos com as principais cabeças pensantes, como se isso fosse possível no seu governo, para saber o que aconteceu com o Estado de Santa Catarina, e que para nos próximos 100 anos, eu disse cem, isso não aconteça novamente. Ora, parece brincadeira , mas não é.
O Lula já está no governo há 7 anos, e se não sabe deveria saber que existem milhões de estudos acadêmicos sobre solo, portos, rios, bacias, vales, drenagem e tudo relacionado às enchentes, desmoronamentos etc.
Presidente: estudos há de sobra, o que resta agora é colocar em prática, o que falta é ação, coisa que seu governo não faz. Precisamos que os dirigentes desse país deixem seus gabinetes e palanques e peguem no trabalho com vontade. Mais grave ainda foi a decisão do governo de liberar 500 milhões da Caixa Econômica Federal com juros à 1,7 % para os desabrigados. Parece que está fazendo uma boa ação. É obrigação, presidente. Essa tragédia mostra o despreparo, a falta de planejamento e a desorganização do seu governo.
Presidente Lula, juros a quase 2% é pra qualquer um, e não pra quem está precisando de ajuda humanitária, que perdeu tudo que guardou por uma vida. O que os desabrigados precisam é de uma mão amiga do governo, nessa hora em que famílias choram a perda de parentes e de suas casas, a mesma mão que tem sido benevolente com os bolivianos, haitianos, equatorianos, paraguaios, e vários países africanos e que o Sr. chama de coitadinhos.
Todo mundo fica repentinamente surpreso. O pranto das vítimas fica estampado na mídia, até a próxima catástrofe.