sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Rio sem saída

Hoje mais uma vez, lendo o noticiário do dia, percebo que nós cariocas estamos realmente sem saída.
Quando assistimos a Justiça distribuir liminares impedido demolições de loteamentos irregulares, ficamos a imaginar que se a moda pegar o Secretário de Ordem Pública não terá muito o que fazer.
Quando pessoas são assassinadas em plena luz do dia, em bairros o IPTU é um dos mais caros do Brasil;
quando assistimos diariamente a tiroteios com balas traçantes, semelhantes às que são usadas nas guerras, em locais onde a polícia não tem acesso, colocando os moradores da área em pânico;
quando ônibus são queimados para impedir ações policiais e passageiros são ameaçados de morte;
quando policiais são contratados como segurança de traficantes;
quando condenados a pena máxima de prisão, fogem da cadeia pela porta da frente tranquilamente;
quando o comércio que paga impostos é obrigado a fechar suas portas por ordem do tráfico, em sinal de luto pela morte de um traficante da comunidade;
quando ambulantes e camelôs fazem protesto contra ordem de choque e ainda agridem fiscais e policiais que representam a lei;quando a PM, Bombeiros e outras corporações são coniventes com crimes bárbaros e ainda tem tratamento especial;
quando escolas fecham por falta de professores,pois não tem segurança para trabalhar
quando hospitais públicos fecham suas portas por falta de médicos pagos com impostos do povo;
quando bandidos fazem um arrastão de 16 horas, roubando inclusive marmitas de trabalhadores, e ninguém vê ou toma providências, é realmente o fim de tudo.
A conclusão é que o Rio de Janeiro está em guerra declarada há muito tempo. E não se enxerga uma luz no fim do túnel.
O Estado está falido e sem segurança pública. Nota-se unicamente um policiamento precário e deficiente.
Enquanto isso em Davos, na Suíça o governador Sérgio Cabral, passeando como sempre, atribui a terceiros, não se sabe bem a quem, que o problema do crack vem de fora do Rio. Não importa governador de onde vem a droga, o fato é que ela está entre nós de forma devastadora e que as autoridades competentes precisam dar uma solução para os problemas derivados da droga.
Só resta a nós cidadãos de bem procurar uma saída: o aeroporto para um lugar mais seguro para sua família antes que seja tarde.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Beber Socialmente

No fim do feriadão acabo de assistir o noticiário, e fico surpresa com uma terrível estatística, comprovando que no Brasil 59 pessoas morrem por dia vítima do álcool. Uma coisa é certa:os jovens estão bebendo cada vez mais. Embora fatores como a pressão da mídia, pressão dos amigos, baixo custo e facilidade para adquirir bebidas tenham influencia no aumento do consumo, outros motivos podem ser destacados.
Beber socialmente desinibe e permite conversar mais. Mas beber em excesso faz esquecer, anestesia e isola. O jovem de hoje bebe para esquecer as frustrações, pois não sabe como lidar com elas. Muitas vezes os pais não tiveram tempo ou paciência para lhes ensinar que problema se resolve aos poucos, através de várias tentativas, e não magicamente através do falso e traiçoeiro prazer que o álcool proporciona.
Em grupo, o álcool também adquire um significado ritualístico. Ao longo da História, ele sempre esteve associado a comemorações festivas. Desta forma, para o adolescente que está iniciando sua relação grupal e buscando aceitação, o álcool se torna o passaporte da entrada na turma. Todos bebem, se ele não beber está fora.
O vício está ligado a fatores hereditários e tendências pessoais, mas é impossível identificar com antecedência qual o jovem que conseguirá se controlar na dosagem e frequência do consumo, e qual o que cairá na compulsão. Assim, mesmo que quase todos os jovens, em princípio, pensem que conseguirão parar de beber quando quiserem, alguns não conseguirão. Para estes o inocente "beber socialmente" pode se transformar rapidamente em vício. Principalmente se junto com uma tendência orgânica ele apresentar baixa auto estima e problemas familiares.
A grande desvantagem do álcool com relação às outras drogas é que ele é lícito..... E por mais que se faça campanhas preventivas, as grandes indústrias que o vendem ainda detem o poder econômico e a força de colocá-lo no mercado em larga escala. E não há quem segure o poder do dinheiro numa sociedade capitalista. Enquanto isso não mudar, teremos cada vez mais jovens morrendo e tirando vidas inocentes

Rio em desordem

O turismo no Rio de Janeiro já está com seus dias contados. A política de ordenamento urbano deve começar pela própria prefeitura cancelando as licenças concedidas a torto e a direito para qualquer tipo de comércio. Como exemplo claro e indiscutível, há a feira de artesanato que se instalou definitivamente na Avenida Atântica.
A bagunça que essa feira promove nos dias de montagem é absurda. Causa tumulto no trânsito e na vida dos moradores, que muitas vezes são impedidos de trafegar porque os organizadores param sistematicamente os carros sobre as calçadas e em fila dupla para descarregar material. É hora do secretário de Ordem Pública dar um choque de ordem também nessa feira, que no começo era apenas um local de exposição de quadros e pintores, mas que depois se tornou uma "feirinha" de artesanato e bugingangas. Como se não bastasse, ambulantes resolveram colocar suas barracas com todo o tipo de comidinhas, cachorro quente, salsichão, milho verde ,o que deixou de ser algo para turista e passou a ser um incômodo para os moradores de Copacabana.
A Avenida Atlântica é um local de turismo conhecido mundialmente e cartão postal do Rio de Janeiro. Não foi de graça que o economista Edmund Phelps suscitou polêmica em sua declaração domingo passado quando disse que:" São Paulo parece crescer cada vez mais, enquanto que o Rio permanece estagnado, com uma pobreza cada vez mais visível nas favelas." Todas as autoridades de turismo pularam em defesa do Rio. Mas é fato indiscutível que o Rio de Janeiro acabou. Não adianta o presidente da Associação da rede hoteleira reclamar que o economista foi duro com a cidade e querer tapar o sol com a peneira, dizendo que o Rio está abrindo mil novos quartos de hotel por ano. Sim, e o que adianta aumentar o número de leitos? Isso por si só não vai melhorar a qualidade de vida, nem dos cariocas, nem dos turistas que chegam aqui em busca de boa culinária, cultura, diversão e coisas bonitas, e não para ver miséria, sujeira, ruas fedendo a urina e outras coisas mais.
Já é hora dessa gente que tira os nossos impostos até sangrar, acordar e ver que o Rio se transformou numa grande latrina. Será que essas cabeças pensantes não viajam ou não querem enxergar que o Rio só é bom para o turismo de homem solteiro, o famigerado turismo sexual que é barato e fácil,haja vista a boate que ficou famosa no exterior.Não há ninguém que tenha vindo ao Rio de Janeiro que não conheça a tal boate.
Ficar com raiva quando alguém declara o que todos estão vendo, não vai melhorar a situação. É preciso que alguém de fora aponte os defeitos, o que está errado com o Rio.
É muita hipocrisia achar que está tudo bem .