quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mães à moda antiga

Cada ser humano recebe durante a infância, no convívio com os pais, e em especial com a mãe, influências que podem direcionar sua vida. Com as diretrizes educativas que recebeu pode ter,já adulto, resultados excelentes como ser humano, ou resultados medíocres! Por isso, são decisivas para a vida da criança e do adolescente as orientações que recebeu no lar.
Quando se constata na atualidade o aumento de problemas envolvendo crianças e jovens, juventude que faz parte da "geração pode tudo", sem consciência de limites necessários à boa convivência com os outros, chega-se a conclusão, de que está havendo falhas na educação dos filhos, pelos pais e, em especial, pela mãe, que na maioria das famílias, convive mais com os filhos do que o pai. E fica-se com a dúvida: será que as crianças e jovens estão recebendo orientação adequada para que possam desenvolver-se com as características saudáveis, como seres humanos?
Como será a educação que a mãe, em especial, está dando aos seus filhos? Indulgente demais, sem qualquer orientação ou uma educação firme, mas com grande coração, sabendo o que está fazendo com os filhos? Estará educando os filhos de tal modo que faça desabrochar neles alguma das características positivas como ser humano, tais como: autenticidade, bondade, caridade, cavalheirismo, confiança, cooperação, cordialidade, disciplina, equilíbrio, firmeza, fortaleza moral, honestidade, humildade, lealdade, paciência, responsabilidade, sinceridade, etc?
Do que for feito hoje na educação das crianças e dos jovens, poderá depender o futuro da sociedade humana, se será ou não formada por pessoas saudáveis, mais preparadas para serem cidadãos conscientes e equilibrados!
Quando se vê nos noticiários fatos como o que aconteceram na cidade de São Paulo, onde calouros espancaram, mutilaram, humilharam, maltrataram alunos novos, percebe-se que a sociedade que está sendo formada por esses futuros profissonais está muito doente. Essa doença também é da família, que está desestruturada por valores que não foram experimentados em seus lares, onde os pais não amaram seus filhos o suficiente para dizer-lhes NÃO.
Uma mãe de verdade sabe o momento que é o mais dificil na batalha da educação de seus filhos, aquele momento da negativa consciente, mesmo sabendo que seus filhos possam odiá-la por isso.
Essa mãe amou os filhos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e que horas irão voltar? Ela amou-os o suficiente para fazer pagar pelas balas que tiraram da padaria e dizer ao dono "Nós roubamos isso ontem e queríamos pagar?" Ela amou-os o suficiente para ter ficado em pé junto deles por duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que ela teria realizado em quinze minutos? Ela os amou o suficiente para deixá-los assumirem a responsabilidade de suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que lhe partiam o coração?
As mães de antigamente insistiam para que os filhos falassem sempre a verdade. Faltam nos dias de hoje adultos educados e honestos com capacidade para serem pais de verdade.
Nos dias de hoje estamos com carência de mães à moda antiga.

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