quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Será a solução para o Palace II ?


Finalmente morreu Sérgio Naya. Parece que agora todos os que foram prejudicados por ele, direta ou indiretamente, poderão ter de novo expectativas de que ver uma luz no fim do túnel.
Até a presente data existia uma mínima ilusão dos antigos moradores de um dia receberem qulaquer tipo de indenização pelos danos causados pelo o ex-deputado. Aquelas tristes pessoas que pareciam já ter desistido de lutar contra a justiça brasileira e seus meandros, renovaram suas esperanças de ter de volta a sua dignidade de ser humano.
É bom que se esclareça, portanto, que a dívida não morreu com ele. Tem agora o inventário, que em boa hora, vem agora esclarecer onde estão os bens que o mesmo negava possuir, como justificativa para não pagar as indenizações. Se naquela tragédia, tivesse sido atingida uma família de alguém muito importante, daqueles que andam de carros oficiais com o dinheiro do povo, certamente todos já teriam sido indenizados. País da desigualdade, país do "você sabe com quem está falando", país do "sou filho do fulano", onde o filho é extensão da profissão do pai.
Há agora uma esperança, mesmo que remota, de que o processo saia do lugar e deixe de queimar a cadeira de quem passou anos nele sentado.
Há 11 anos os donos dos apartamentos do prédio que desabou, veem os seus processos sendo, digamos, empurrados com a barriga ou com o canhoto do cheque do ex-construtor, conforme ele mesmo afirmou por diversas vezes, quando interpelado sobre a justiça que seria feita no caso do desabamento.
Cabe agora aos herdeiros pagarem as indenizações na abertura do inventário, ou continuar o empurra até a morte do próximo membro da família Naya, ou quem sabe do próprio inventariante. Se o inventário seguir nos mesmos passos do processo indenizatório, talvez só na virada do próximo século, poderá haver uma sentença favorável aos moradores que amenize a dor e a angustia das pessoas que infelizmente acreditaram na justiça dos homens.
Um dia nossos tataranetos, ouvirão essa história como mais uma das piadas jurídicas, dentre muitas que conhecemos. Contrariando o ditado: Justiça que tarda, tarda e falha, não é justiça !

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